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Mostrando postagens de setembro, 2020

6.1 Documentação Pedagógica (Sueli A. Mello, Maria Carmem S. Barbosa, Ana Lúcia G. de Faria)

 PARTE I - DOCUMENTAR A VIDA DAS CRIANÇAS NA ESCOLA  DA INFÂNCIA DOCUMENTAR PROCESSOS, RECOLHER SINAIS  Mara Davoli [...] Esse processo de deixar e recolher rastros [...] Não são apenas memória de algo que já aconteceu, são também processos que nos permitem compreender como fizemos o que fizemos. (p. 28) Observar, interpretar, documentar, construir Observar é um ato de conhecimento "Observar" significa acima de tudo "conhecer". [...] Quando nos dispomos a fazer algo, não vamos "despidos", mas temos algumas perguntas que nos levam a refletir sobre nossos imaginários. (p.28) Tal como acontece na investigação científica. quanto mais hipóteses tenhamos sobre uma determinada situação, mais capacitados  estaremos para compreendê-la. [...] observar implica repensar, pensar sem pré-conceitos. (p. 28-29) Documentar para narrar, descrever, interpretar e construir. [...] Pois, se eu experimentei a variação com a cor, por exemplo, o que eu aprendi me ajuda a entender ...

6. Documentação Pedagógica (Sueli A. Mello, Maria Carmem S. Barbosa, Ana Lúcia G. de Faria)

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DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA - Outro modo de escutar as crianças e a prática pedagógica refletindo sobre a formação continuada de professores e professoras.  Ana Lúcia Goulart de Faria  Suely Amaral Mello  Maria  Carmem Sil veira Barbosa      Após a segunda grande guerra, no momento de reconstrução da sociedade italiana, um grupo de pessoas interessadas na formação das novas gerações, perguntava-se sobre como seria a escola capaz de formar as crianças e os jovens para garantir que Auchwitz não se repetisse. Para eles, não bastava apenas as crianças frequentarem uma escola, era preciso, seguindo/ em consonância com as palavras de Theodor Adorno, uma escola comprometida com a infância e a constituição de uma educação que não admitisse a repetição do terror e da barbárie.      Foi na busca da resposta para este desafio que  Loris Malaguzzi e seus colaboradores constituíram um tipo de escola e de gestão educacional que hoje é denominado abor...

5.6 O jogo e a criança (Jean Chateau)

CONCLUSAO - Papel pedagógico do jogo Há uma outra atividade superior que propositalmente silenciamos até agora e que, também ela, nasce do jogo: é o trabalho, sem o que nem a arte, nem a ciência, nem mesmo o esporte poderiam se desenvolver. [...] Se não se vê no jogo um encaminhamento para o trabalho,  uma ponte lançada da infância à idade madura, arrisca-se a reduzi-lo a um simples divertimento, e a rebaixar aos mesmo tempo a educação e a criança, desprezando essa parte de orgulho e de grandeza humana que dá seu caráter próprio ao jogo humano. (p. 124) [...] O jogo é um juramento feito primeiro a si mesmo, depois aos outros, de respeitar certas instruções, certas regras. Essa fórmula é essa e não outra, aquela que contém tais palavras e não outras, nada posso fazer, já que jurei respeitar fórmulas e regras. Poucas vezes a moralidade adulta estará tão elevada; ela não será mais do que uma moralidade de instrução. (p. 125) O jogo, repitamos (e nunca se repetirá o bastante), não é um...

5.5 O jogo e a criança (Jean Chateau)

CAPÍTULO III - OS JOGOS, AS IDADES E OS CARACTERES B. Os jogos e as idades [...] Pois o jogo não é estável , imutável, como pode ser um caráter. [...] Enfim, pode-se considerar que todo jogo é a expressão de uma ou várias tendências, e estudar a maneira pela qual as tendências primitivas podem , na atividade lúdica, se modificar, se enxertar uma ou várias tendências, e estudar a maneira pela qual as tendências primitivas podem, na atividade lúdica, se modificar, se enxertar umas nas outras e engendrar novas tendências.[...] assim, a tendência a se agrupar se exprime pelos esquemas coletivos como o círculo ou a fila. (p. 107) [...] "Todas as crianças, diz Ch. Bühler, constroem primeiro, depois desenham e pintam. Nós próprios chegamos a conclusão idêntica: o jogo com os cubos surge desde os dois anos, depois vem a modelagem, enfim o desenho e a pintura. (p. 107)   [...] Enfim, os jogos com o novo, de que já falamos, manifestam na criança faculdades que o animal ignora. Daí...