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Mostrando postagens de 2021

8.3 MINI-HISTÓRIAS (Rapsódias da vida cotidiana nas escolas do Observatório da Cultura Infantil - OBECI

A construção de mini-histórias: a linguagem da fotografia, da narrativa e do design para a construção da comunicação Alcione Machado Júlio Ivana Vidor Marques Letícia Caroline da Silva Streit Paulo Fochi Samantha Ferreira Viviane Zimermann Heck A linguagem fotográfica Para realização do registro na Educação Infantil, é essencial o desejo do professor para conhecer e investigar as crianças. Ter em mente o que quer contar de um processo vivido pelos meninos e pelas meninas ou do que está pesquisando junto à criança é fundamental para registrar essas descobertas. [...] Cabe ao professor refletir sobre suas práticas de registro e escolhas para que sirvam também como fonte de pesquisa e estudo. É necessário ter em mente que a fotografia, como ferramenta de prática docente, é um meio que permite revisitar quantas vezes for necessário para aprender, descobrir, problematizar e pensar em ações futuras. [...]  Depois de ter em mente o que irá fotografar, faz-se necessário colocar-se numa pos...

8.2 MINI-HISTÓRIAS (Rapsódias da vida cotidiana nas escolas do Observatório da Cultura Infantil - OBECI

As mini-histórias como instrumento de comunicação família e escola Danielle Klein Bressler Gilneia Alencastro Cavalheiro Juliana Gallina Paulo Fochi Rafalela Flores [...] as mini-histórias têm se transformado em uma das formas de comunicar sobre a trajetória da criança dentro das instituições. As mini histórias são fruto do olhar apurado do professor em relação ao que as crianças estão fazendo, tornando especiais momentos que antes poderiam passar despercebidos e que são resgatados graças a uma concepção de aprendizagem, de criança e de currículo que acolhe as múltiplas experiências dos meninos e das meninas. [...] No momento em que o professor documenta os processos de aprendizagem da criança e compartilha com a comunidade que faz parte dela, de modo democrático, sem assumir a postura de detentor inquestionável  de uma verdade acerca dessa criança, abre o espaço para uma aprendizagem solidária. Aprendizagem que também esse adulto fará sobre essa criança, ouvindo outros pontos de v...

8.1 MINI-HISTÓRIAS (Rapsódias da vida cotidiana nas escolas do Observatório da Cultura Infantil - OBECI

As mini-histórias e os processos de formação em contexto: o papel do coordenador pedagógico Alexandra Flores Bitencourt Carolina Lopes Kussler Cristiane Hauschild dos Santos Liliane Ceron Luciane Varisco Focesi Paulo Fochi Vanessa Bremm Pauli Entendemos que conectar a relação entre o cotidiano pedagógico e os processos formativos é um ponto central para a transformação dos contextos, pois envolve tanto os aspectos relacionados à formação como aqueles relativos à pedagogia desenvolvida em cada instituição. [...] Esses três aspectos - a formação que mobiliza a escuta das crianças pelos professores, assentar-se em teorias de base, contrastar o cotidiano - ajudam-nos a compreender de que modo o trabalho com as mini-histórias também auxilia nos processos de formação dentro das escolas  do OBECI. Escutar as crianças Nas escolas que compõem o OBECI, valemo-nos da estratégia da Documentação Pedagógica para ver, perceber, refletir, transformar e narrar as aprendizagens das crianças e para c...

8. MINI-HISTÓRIAS (Rapsódias da vida cotidiana nas escolas do Observatório da Cultura Infantil - OBECI

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As mini-histórias como um conceito de narrativa pedagógica   Paulo Fochi A Documentação Pedagógica como estratégia para a construção do conhecimento praxiológico. Tratar das mini-histórias sem antes situar em uma dimensão maior, fragiliza e empobrece a riqueza do que vivenciamos no OBECI a partir dessa estratégia de comunicação.[...] O verbo documentar é sinônimo de registrar, de produzir documentos, evidências. [...] Já o substantivo documentação trata-se do documentos construído a partir dos registros realizados, ou seja, do produto em si (livreto, folheto, vídeo, painel, mini-história, portfólio). [...] O conceito de pedagógico da Documentação Pedagógica envolve um modo de olhar, de refletir, de fazer, de pensar e de comunicar o cotidiano pedagógico e as aprendizagens das crianças e dos adultos. Nesse sentido, tenho defendido que esse conceito, enquanto uma estratégia para a construção do conhecimento praxiológico, vai muito além de um modo de registrar e comunicar, pois tr...

7.1 Ideias para adiar o fim do mundo (Ailton Krenak)

 DO SONHO E DA TERRA [...] Se é certo que o desenvolvimento de tecnologias eficazes nos permite viajar de um lugar para o outro, que as comodidades tornaram fácil a nossa movimentação pelo planeta, também é certo que essas facilidades são acompanhadas por uma perda de sentido dos nossos deslocamentos. (Pag. 43)

7.2 Ideias para adiar o fim do mundo (Ailton Krenak)

 A HUMANIDADE QUE PENSAMOS SER [...] O nosso apego a uma ideia fixa de paisagem da Terra e de humanidade é a marca mais profunda do Antopoceno. (Pag. 58) [...] Noutras tradições , na China e na Índia, nas Américas, em todas as culturas mais antigas, a referência é de uma provedora maternal. Não tem nada a ver com a imagem masculina ou do pai. Todas as vezes que a imagem do pai rompe nessa paisagem é sempre para depredar, detonar e dominar. (Pag. 61) [...] É como se todas as descobertas estivessem condicionadas e nós desconfiássemos das descobertas, como se todas fossem trapaça. A gente sabe que as descobertas no âmbito da ciência, as curas para tudo são uma baba. Os laboratórios planejam com antecedência a publicação das descobertas em função dos mercados que eles próprios configuram para esses aparatos, com o único propósito de fazer a roda continuar a girar. Não uma roda que abre outros horizontes e acena para outros mundos no sentido prazeroso, mas para outros mundos que só repr...

7. Ideias para adiar o fim do mundo (Ailton Krenak)

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 A ideia de que os brancos europeus podiam sair colonizando o resto do mundo estava sustentada na premissa de que havia uma humanidade esclarecida que precisava ir ao encontro da humanidade obscurecida, trazendo-a para essa luz incrível. Esse chamado para o seio da civilização sempre foi justificado pela noção de que existe um jeito de estar aqui na Terra, uma certa verdade, ou uma concepção de verdade, que guiou muitas das escolhas feitas em diferentes períodos da história. (pag. 11) [...] Fomos, durante muito tempo, embalados com a história de que somos a humanidade. Enquanto isso - enquanto seu lobo não vem -, fomos nos alienando desse organismo de que somos parte, a Terra, e passamos a pensar que ele é uma coisa e nós, outra: a Terra e a humanidade. Eu não percebo onde tem alguma coisa que não seja natureza. Tudo é natureza. O cosmos é natureza. Tudo em que eu consigo pensar é natureza. (p. 16-17) [...] Enquanto a humanidade está se distanciando do seu lugar, um monte de corpor...