Martha Medeiros (Doidas e Santas)
As verdadeiras mulheres felizes
Nós, nem preciso dizer. Nascemos doidas. Por isso somos tão interessantes, é verdade. Mas felicíssimas, só de vez em quando, nas horas em que não nos exigimos desumanamente. Homens, portanto, são realmente as verdadeiras mulheres felizes. Que isso sirva de homenagem aos queridos e sirva para rir um pouco de nós mesmas, as que se agarram com unhas e dentes ao papel de vítimas porque ainda não aprenderam a ser desencanadas como eles.
Povoar a solidão
A solidão não precisa ser aniquilada, ela só precisa de um sentido. Eu não saberia dizer que outra coisa mais benéfica para isso do que livros. Uma biblioteca com mil volumes é um exército que não combate a solidão, mas a ela se alia.
Antes de partir
[...] Desmediocrize sua vida. Procure seus "desaparecidos", resgate seus afetos. Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento-limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias devemos procurar um final bonito e partir.
Diferença de necessidades
Diferença de idade não existe. A necessidade de cada um é que destrói ilusões e constrói o que está por vir.
O ônibus mágico
Vai descobrir se estiver em contato com nossos sentimentos mais primitivos. Não é preciso ir ao Alaska, não é preciso radicalizar, mas manter-se fiel à nossa verdade já é meio caminho andado.
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