3.2 O dilema do porco espinho - como encarar a solidão (Leandro Carnal)
CAPÍTULO 6 - As solitárias
[...] Uma vida apaixonada é uma existência ensandecida, impossível. [...]
[...] Se dedicação e entrega viram exigência e obrigação, podemos estar acompanhados, mas nossa condição é de solidão profunda. [...]
[...] Aliás, se falarmos em filhos: há quem os tenha apenas para assegurar-se de que não estará sozinho, de que assegura plateia para si... ledo engano.
[...] Estar sozinho e bem requer maturidade e equilíbrio. Desequilibrados, inseguros e aqueles com vazios impreenchíveis na alma tremem diante da possibilidade de estar sem alguém do lado.
[...] A humanidade é formada de porcos-espinhos de corpos e de almas, de frios e de agulhas sempre dizendo venham/saiam, aproximem-se/vão embora sístole/diástole pendular de tudo que somos e nos cerca, de tudo que tememos e amamos. A história do ser humano é a história da solidão registrada nas paredes das cavernas de Lascaux ou nas redes sociais.
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