6.3 Documentação Pedagógica (Sueli A. Mello, Maria Carmem S. Barbosa, Ana Lúcia G. de Faria)
A ARTE DO PINTOR DE PAISAGENS: ALGUMAS REFLEXÕES ACERDA DA DOCUMENTAÇÃO
Meritxell Bonas
[...] A documentação torna visível a trama de relações causais que é produzida, seja em um momento fugaz, seja ao longo de um período na escola. Por sua vez, permite mostrá-lo fora, estabelecer um diálogo com as famílias e aprofundar o sentido de "comunidade". (p. 77)
[...]
Falar de documentação é falar sobre a visibilidade. [...] Não deixa de ser uma grande oportunidade para construir identidades, o que nos leva a pensar em uma escola diferente, narrativas incertas, onde os roteiros são escritos a partir das vozes e ações de cada um. Um script que vive construindo histórias. (p. 78)
[...] Além de tornar visível aquilo que acontece, a documentação interpreta, escreve uma teoria sobre um prática que, ao mesmo tempo, se legitima. [...] Não deixa de ser também uma formulação de como nós somos como professores e professoras, que escola somos e para onde direcionamos nosso olhar. (p. 78)
[...] a documentação não é válida somente para os professores, mas como dissemos anteriormente, também ajuda as crianças a tomar consciência do processo, da história que estão escrevendo, que estão vivendo.
É um interessante diálogo entre autor e espectador , onde um se funde com o outro, como se fosse um reflexo onde um se encontra nos olhos do outro. (p. 79)
[...] Olhares caleidoscópicos sobre uma mesma realidade, que a cada movimento nos recorda que é incerta. É assim com a documentação torna-se um processo de pesquisa permanente, um local de confrontação , de formação, um espaço de reflexão entre os professores, com as famílias, com outros profissionais, um local para poder repensar e poder crescer em comunidade. (p. 82)
Comentários
Postar um comentário