O amor nos tempos do cólera (Gabriel Garcia Marquez)


[...] Pois disso é que sentia falta: botar a alma pela boca.

[...] Ela o foi levando pela mão até a cama, como se fosse um pobre cego da rua, e o trinchou bocado a bocado com uma ternura maligna, pôs sal a seu gosto, pimenta de cheiro, um dente de alho, cebola picada, o suco de um limão, uma folha de louro, até que ele ficou temperado na travessa diante do forno pronto na temperatura exata. Não havia ninguém em casa. (p. 367)
[...]
Depois olhou Florentino Ariza, seu domínio invencível, seu amor impávido, e se assustou com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, a que não tem limites. (p. 431)
[...]
Mas se deixou levar por sua convicção de que os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as mães os dão a luz, e sim que a vida os obriga outra vez e muitas vezes a se parirem a si mesmos.

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