Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
[...] A carta alheia, que ninguém leu, ficou a mercê das traças na prateleira onde uma vez Fernanda esqueceu sua aliança de casamento, e lá ficou, consumindo-se no fogo interior de sua má notícia, enquanto os amantes solitários navegavam contra a corrente daqueles tempos postrimeiros, tempos impertinentes e aziagos, que se desgastavam no empenho inútil de fazê-los derivar rumo ao deserto do desencanto e do esquecimento. (p. 440)
[...] e tornaram a ser felizes com a certeza de que eles continuariam se amando com suas naturezas de assombração muito depois que outras espécies de animais futuros arrebatassem dos insetos o paraíso de miséria que os insetos estavam acabando de arrebatar dos homens. (p. 440)
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