2.6 Walden (H. D. Thoreau)

PRIMAVERA

[...] Seríamos abençoados se vivêssemos sempre no presente, e aproveitássemos toda ocorrência que nos sucede, como o capim que revela a influência do mais leve orvalho a umedecê-lo, em vez de gastar nosso tempo expiando a perda de oportunidades passadas, o que dizemos ser nosso dever.
Tardamo-nos no inverno quando já é primavera. [...] 
(p. 297)

"Um retorno à bondade realizado diariamente no hálito tranquilo e benéfico da manhã faz com que, em respeito ao amor à vida e o ódio ao vício, a pessoa se aproxime um pouco da natureza primitiva do homem, como os brotos da floresta que foi derrubada. De modo semelhante, o mal das virtudes que começam a brotar novamente se desenvolvam e os destrói.
"Depois que os germes da virtude foram assim impedidos muitas vezes de se desenvolver, o hálito benéfico do anoitecer não basta para preservá-los, a natureza do homem já não se diferencia muito da do animal. Os homens, ao ver a natureza deste homem como a do animal, pensam que ele nunca possuiu a faculdade inata da razão. São estes os sentimentos naturais e verdadeiros do homem?"
(p. 298)

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