4.8 Inteligência Emocional - A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente - Daniel Goleman, Ph.D.

PARTE TRÊS - INTELIGÊNCIA EMOCIONAL APLICADA

9 - Casamento: inimigos íntimos

O casamento dele e o casamento dela: a infância de cada uma
Huston constatou que, durante o namoro, os homens eram mais disponíveis para uma conversa no nível da intimidade requerido por suas futuras esposas. Mas, depois de casados, com o passar do tempo - sobretudo em casais mais tradicionais -, não mais queriam ter esse tipo de conversa com as esposas, achando que a proximidade significava apenas fazer coisas juntos, a jardinagem por exemplo, e não a discussão de problemas. 
O crescente silêncio por parte dos maridos se justifica, em termos, pelo fato - se é que podemos afirmar alguma coisa - de os homens serem mais "polianescos" em relação ao estado de seu casamento, ao passo que as mulheres ficam mais ligadas em questões problemáticas: num estudo sobre o casamento, verificou-se que os homens têm uma visão mais cor-de-rosa que as mulheres em praticamente tudo o que ocorre no relacionamento do casal - sexo, finanças, ligações com parentes do outro cônjuge, como um escuta o outro, até onde suas falhas contam. As mulheres, em geral, são mais francas sobre suas queixas que os maridos, sobretudo em casais infelizes. Basta combinar a visão cor-de-rosa que os homens têm do casamento com sua aversão a confrontos emocionais para que entendamos porque as mulheres tantas vezes se queixam de que os maridos tentam se esquivar da discussão sobre coisas perturbadoras no relacionamento. [...] (p. 152-153)

A dificuldade que os homens têm de falar sobre problemas num relacionamento é, sem dúvida, agravada por sua relativa falta de competência para interpretar expressões faciais de emoções. (p. 153)

[...] Na verdade, questões específicas como a frequência com que o casal faz sexo, como disciplinar os filhos ou sobre o orçamento familiar não são o que faz ou rompe o casamento. O que é importante é como o casal discute esses pontos sensíveis. É suficiente chegar a um acordo sobre como discordar para garantir a sobrevivência conjugal; homens e mulheres têm de superar as diferenças de sexo inatas ao abordarem emoções perigosas. Sem isso, os casais ficam vulneráveis a problemas emocionais que acabam fazendo ruir o casamento. (p. 153)

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